terça-feira, 8 de março de 2011

08 de Março de 1857129 mulheres morrem durante um incêndio numa tecelagem de Nova Iorque, após se manifestarem pela licença-maternidade, redução da jornada de trabalho e salários iguais aos dos homens.

154 anos após a tragédia que deu origem ao Dia Internacional da Mulher, é reconfortante reconhecermos o quanto  a humanidade (ao menos em sua  parte ocidental) evoluiu na busca pela igualdade dos direitos entre homens e mulheres.

Se ainda há muito a se percorrer nessa estrada da equidade entre os gêneros, é revigorante observamos que, mesmo na dureza da tripla jornada de mães, donas de casas e profissionais exemplares, as mulheres vão aos poucos conquistando espaços até então somente destinados aos homens. No Brasil, por exemplo, se até 1932 as mulheres nem sequer podiam votar, é louvável que, menos de 80 anos depois, tenhamos uma Presidente da República (sem qualquer conotação ideológica, apenas de gênero).

Aqui abro parênteses para informar que por uma questão de estilo (e não por machismo) não costumo utilizar a palavra presidenta (que existe nos dicionários). Da mesma maneira, prefiro utilizar para ambos os gêneros as grafias: estudante, gerente, cliente, agente, etc.  Apenas precedendo-as pelo artigo feminino, ou seja, a cliente, uma estudante, a gerente, uma agente.

Mas, como este não é um blog sobre política ou sobre linguagem, é com orgulho que, ao voltar ao assunto principal tratado neste cyber-espaço, podemos observar de perto parte desta revolução feminina. Se futebol já foi tratado como "coisa para macho", é animador poder assistir a técnica apurada de uma Marta e companhia ou observar o crescimento do número de mulheres jornalistas (olha uma palavra que termina com o típico A feminino servindo para designar ambos os gêneros, tal qual ocorre com Flamenguista, por exemplo) analisando, escrevendo, debatendo e até narrando jogos.

É fato que futebol é tão apaixonante que pode ser tratado como religião, mas deve ser considerado acima de tudo como um entretenimento. Por isto é bom demais ver mulheres e crianças cada vez mais presentes em estádios, transformando-os, aos poucos, em um local para diversão em família.

Porém, é nas redes sociais que esta revolução se faz mais presente. Longe da violência dos estádios e protegidas pelas distâncias virtuais, as mulheres são presenças constantes em blogs, fóruns e perfis dedicados ao futebol.

Uma das coisas que mais me agrada  neste mundo virtual é a quantidade de seguidoras que possuo em meu perfil  (algumas delas retratadas no painel acima). Como também sigo todas de volta, é uma honra  vê-las quebrar preconceitos ao assumirem livremente a paixão pelo nosso Flamengo. Muito me honra poder ler tweets e posts escritos por mulheres falando sobre tática, técnica, emoção, paixão e (por que não?) sobre beleza! Afinal, beleza e esporte sempre tiveram estreita ligação.

Assim, gostaria de desejar a todas as mulheres, em especial às rubro-negras, um feliz Dia Internacional da Mulher. Que a batalha de vocês continue no dia-a-dia para que possamos realmente um dia ter orgulho de pertencer a um mundo mais igualitário, justo, democrático e, evidentemente, muito mais agradável!

Parabéns, devotas. Vocês me enchem de orgulho!

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